Música pertencente ao disco de Ricardo Silva - "A Guitarra e as Violas".




PROJETO DE RECUPERAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA VIOLA TOEIRA

Várias viola toeiras (entre outros) pertencentes à associação Mus.Mus.Cbr.



A VIOLA TOEIRA E COIMBRA. Entre o Barroco e o Ultra-Romantismo

O Núcleo de Estudos da Viola Toeira é formado por pessoas com formação superior em áreas diversas. Numa perspectiva epistemológica está a desenvolver um conjunto de iniciativas que têm como objetivo a investigação, preservação, valorização e divulgação da génese do fado de Coimbra,  com particular enfoque na “extinta” viola Toeira (a viola de Coimbra).  
“ Em Coimbra o fado era tão antigo como em Lisboa.. no entanto adaptou-se à característica especial Coimbrã de música com variações ou cantada em estilo amoroso e serenil. Até por 1860 o fado fora tocado na viola de arame (viola toeira). Esta, que séculos atrás havia sido um instrumento nacional popular, teve em Coimbra a sua sede de eleição (...).” (pág. 209, A Guitarra Bosquejo Histórico, Armando Simões)
Não esquecendo que a Universidade de Coimbra – Alta e Sofia, foi classificada pela UNESCO em 22 de junho de 2013, como Património Mundial da Humanidade, Registe-se que o comité do Património Mundial acrescentou o sexto critério da lista da UNESCO, distinguindo, em concreto, um bem cultural “que está diretamente ou tangivelmente associado a um conjunto de eventos,  tradições vivas, ideias ou crenças, com trabalhos estéticos ou literários de extraordinário significado universal.  A canção de Coimbra, como tradição académica que sempre tem revelado ao longo dos tempos,  elevada expressão estética de exaltante lirismo e musicalidade, contribuiu, também, como um bem cultural, ao lado do culto pela divulgação do conhecimento e da língua portuguesa para a distinção da Universidade de Coimbra como Património Mundial da Humanidade.
Urge a necessidade da viola toeira ser encarada como um bem patrimonial produtor de múltiplos sentidos. Como tal, a presente iniciativa convida à redescoberta da memória do património da cidade, além de permitir à indústria cultural lançar novos olhares, novos caminhos, uma orientação nova sobre as práticas musicais de Coimbra, incentivando assim a construção de uma cidadania mais consciente.

A intervenção define-se em três planos:

1. Plano educativo
        a) investigação sobre as origens do fado de Coimbra, Entre o Barroco e o Ultra-Romantismo, cujo conteúdo aborda a envolvência sociológica e fundamentação histórica da origem do Fado de Coimbra.  Constatou-se a extinção do nobre instrumento conhecido por viola toeira, que acompanhava os estudantes nas suas serenatas que mais tarde foi substituída pela guitarra portuguesa. 
        b) Um curso de construção de réplicas de época da viola toeirna escola de construção de cordofones da Associação Cultural Museu da Músicade Coimbra,
        c)  aulas de execução de viola toeira com reprodução de partituras do Séc. XIX 

2. Plano expositivo
a) a exposição: “A Viola de Coimbra”  Exposição réplicas da viola toeira, e a sua contextualização na musica da região de Coimbra
3. Plano performativo
a) concerto: a génese do fado de Coimbra, a “Toeira Trupe” de acordo com a época executa partituras da canção de cortejamento nos períodos Romântico e Ultra-Romântico dos séculos XVIII e XIX, na viola toeira.


um dos primeiros concertos da história do grupo NEVT.